Tuesday, April 30, 2013

Como os painéis solares estão liderando a luta contra a malária


Quênia pretende tornar-se livre da doença graças à armadilhas para mosquitos à base de energia solar, livre de inseticidas
Por Will Nichols - 26 abr 2013

Os painéis solares estão para desempenhar um papel chave em um novo projeto inovador para livrar uma pequena ilha queniana da malária, que, se bem-sucedida, pode ter implicações globais para lutar contra a doença em áreas remotas.
O projeto, uma ideia de Wageningen University da Holanda, será visto sobre mais de 4.000 armadilhas de mosquito à base de energia solar instaladas na ilha Rusinga no Lago Victoria.
"Nosso principal objetivo é eliminar completamente a malária da Ilha de Rusinga," disse o líder da pesquisa Willem Takken. "Mas queremos fazer isso de uma forma ambientalmente-amigável e sustentável."
Como a ilha não tem energia elética para alimentar as armadilhas, as casas serão equipadas com painéis solares produzidos localmente, duas luminárias e um ponto de carregamento para telefones móveis. Isso elimina a necessidade de geradores de querosene caros e poluentes e permite ler, estudar e trabalhar fora dos horários em que há luz do dia.
As armadilhas irão atrair os mosquitos usando odores naturais, que eliminarão a necessidade de pesticidas nocivos e também irão reduzir a probabilidade de os mosquitos se tornarem resistentes.
"O uso abundante de inseticidas tem levado a um alto nível de resistência a inseticidas nos mosquitos da malária, o que torna o combate à doença cada vez mais difícil e prejudicial ao meio ambiente", disse Takken.
"É altamente improvável que os mosquitos se tornem mais ‘resistentes’ a este método, pois eles precisarão da atração do odor para sobreviver. Necessitando de sangue humano para se alimentar, os mosquitos encontram as pessoas pelo cheiro dos odores que elas expelem quando transpiram."
A Universidade de Wageningen disse que um projeto-piloto em 18 casas mostrou que as armadilhas são eficazes e que a população local está feliz em usá-las. A partir de ontem, o Dia Mundial da Malária, trabalhadores estão agora instalando as armadilhas e os sistemas solares, a uma média de 50 casas por semana.
Em notícia relacionada, a empresa britânica Firefly Solar revelou, esta semana, a criação de um gerador híbrido que integra a energia solar e eólica com tradicionais geradores à diesel, reduzindo o consumo do combustível em até 30 por cento.
O sistema Cygnus HPG opera utilizando energia de suas baterias, que são carregadas por energia solar ou eólica, antes de automaticamente alternar para o diesel quando a demanda de energia aumenta.
Isso diz que a tecnologia pode economizar tanto quanto 40 mil litros de combustível a cada ano a partir de um típico gerador de 100 kVA, ajudando as comunidades fora da rede, bem como a produção de transmissão de eventos, e as indústrias de construção cortam suas emissões de carbono e custos de combustível.


Livre-tradução de Taluana Wenceslau.

No comments:

Post a Comment