Quênia pretende tornar-se
livre da doença graças à armadilhas para mosquitos à base de energia solar,
livre de inseticidas
Por Will Nichols - 26 abr 2013
Os painéis solares estão para
desempenhar um papel chave em um novo projeto inovador para livrar uma pequena
ilha queniana da malária, que, se bem-sucedida, pode ter implicações globais
para lutar contra a doença em áreas remotas.
O projeto, uma ideia de
Wageningen University da Holanda, será visto sobre mais de 4.000 armadilhas de
mosquito à base de energia solar instaladas na ilha Rusinga no Lago Victoria.
"Nosso principal
objetivo é eliminar completamente a malária da Ilha de Rusinga," disse o
líder da pesquisa Willem Takken. "Mas queremos fazer isso de uma forma
ambientalmente-amigável e sustentável."
Como a ilha não tem energia
elética para alimentar as armadilhas, as casas serão equipadas com painéis
solares produzidos localmente, duas luminárias e um ponto de carregamento para
telefones móveis. Isso elimina a necessidade de geradores de querosene caros e
poluentes e permite ler, estudar e trabalhar fora dos horários em que há luz do
dia.
As armadilhas irão atrair os
mosquitos usando odores naturais, que eliminarão a necessidade de pesticidas
nocivos e também irão reduzir a probabilidade de os mosquitos se tornarem
resistentes.
"O uso abundante de
inseticidas tem levado a um alto nível de resistência a inseticidas nos
mosquitos da malária, o que torna o combate à doença cada vez mais difícil e
prejudicial ao meio ambiente", disse Takken.
"É altamente improvável
que os mosquitos se tornem mais ‘resistentes’ a este método, pois eles precisarão
da atração do odor para sobreviver. Necessitando de sangue humano para se alimentar,
os mosquitos encontram as pessoas pelo cheiro dos odores que elas expelem
quando transpiram."
A Universidade de Wageningen
disse que um projeto-piloto em 18 casas mostrou que as armadilhas são eficazes
e que a população local está feliz em usá-las. A partir de ontem, o Dia Mundial da
Malária, trabalhadores estão agora instalando as armadilhas e os sistemas
solares, a uma média de 50 casas por semana.
Em notícia relacionada, a empresa
britânica Firefly Solar revelou, esta semana, a criação de um gerador híbrido
que integra a energia solar e eólica com tradicionais geradores à diesel,
reduzindo o consumo do combustível em até 30 por cento.
O sistema Cygnus HPG opera
utilizando energia de suas baterias, que são carregadas por energia solar ou
eólica, antes de automaticamente alternar para o diesel quando a demanda de
energia aumenta.
Isso diz que a tecnologia pode economizar tanto quanto
40 mil litros de combustível a cada ano a partir de um típico gerador de 100
kVA, ajudando as comunidades fora da rede, bem como a produção de transmissão
de eventos, e as indústrias de construção cortam suas emissões de carbono e
custos de combustível.
Original em inglês: http://www.businessgreen.com/bg/news/2264216/how-solar-panels-are-leading-the-fight-against-malaria
Livre-tradução de Taluana Wenceslau.
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